
Mulheres estão redesenhando cidades, espaços e narrativas dentro da arquitetura contemporânea
Durante muito tempo, o campo da arquitetura e do urbanismo foi marcado pela presença masculina. Grandes nomes dominaram a história, enquanto o talento e a visão das mulheres eram frequentemente ofuscados. No entanto, essa realidade vem se transformando. Hoje, cada vez mais arquitetas e urbanistas conquistam espaço, imprimindo sensibilidade, técnica e propósito aos projetos que constroem o futuro das cidades.
O protagonismo feminino na arquitetura não é apenas uma questão de representatividade, mas de ampliar olhares sobre o modo como vivemos e ocupamos os espaços. As mulheres têm trazido uma abordagem mais humana e inclusiva, valorizando aspectos como acessibilidade, bem-estar, sustentabilidade e convivência comunitária.
Segundo dados do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), mais da metade dos profissionais registrados no Brasil já são mulheres — um reflexo da transformação que o setor vem vivenciando. Essa presença crescente se traduz em projetos inovadores, voltados para o equilíbrio entre estética, funcionalidade e impacto social.
“A presença feminina na arquitetura é essencial para que possamos criar espaços que acolham, inspirem e representem a diversidade da sociedade. A mulher arquiteta enxerga além da estrutura física — ela compreende o ambiente como parte da experiência humana.”
— Fernanda Andrade, Arquiteta e Urbanista
Além da atuação em escritórios e obras, as mulheres têm ganhado destaque também em cargos de liderança, ensino e pesquisa, contribuindo para políticas públicas e planejamentos urbanos mais inclusivos. Essa pluralidade de vozes fortalece a construção de cidades que refletem as reais necessidades das pessoas.
O protagonismo feminino, portanto, é um movimento de transformação. Ele não busca apenas ocupar espaços antes negados, mas redefinir a própria forma de pensar e viver a arquitetura — com empatia, inovação e propósito.

